sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Adital - Agricultura familiar e meio ambiente

Agricultura familiar e meio ambiente

 
Selvino Heck


Sou, com orgulho, filho de agricultores familiares. Meus irmãos mais novos, Elma e Marino, junto com mamãe Lúcia, trabalham na roça. Todas as quartas-feiras e sábados vendem o que plantam e produzem na Feira do Produtor. Fui criado cercado por árvores e natureza desde sempre. Ao lado de casa, Vila Santa Emília, Venâncio Aires, interior do interior do Rio Grande do Sul, um bosque enfeita o ambiente. Lá, crianças, íamos fazer piqueniques, quando tios, tias e suas enormes famílias visitavam a avó Gertrudes. Fazíamos uma limpeza geral, abrindo corredores até o centro do bosque, onde um taquaral imponente dava sombra. Um pinheiro, que infelizmente morreu de velho, servia seus pinhões no inverno, que cozíamos ou assávamos na chapa quente do fogão a lenha. Nos fundos do bosque, uma fonte fornecia a água para os animais. A cisterna recolhia a água da chuva e provia os humanos.

Em 2014, estou Secretário Executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). Leio a manchete de um jornal do sul: "USO DE VENENO CRESCE TRÊS VEZES MAIS DO QUE LAVOURA – Em cinco anos, área plantada aumentou 6%, enquanto venda de agrotóxicos subiu 22%. Gaúchos usam quase o dobro da média nacional.” Segue a matéria: "O alerta de ambientalistas e entidades ligadas à saúde sobre o risco maior de químicos na agricultura é sustentado por dados. Segundo estatísticas de safra do IBGE e de comercialização do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), nos últimos cinco anos a venda de agrotóxicos subiu 22,1%, três vezes acima do crescimento da área cultivada. Se comparado ao avanço da produtividade, é quatro vezes maior, indicando abuso na aplicação dos produtos” (Zero Hora, 25.11.2013).

O Brasil é o segundo maior consumidor de agrotóxicos do planeta, um pouco atrás dos EUA. Entre os 50 tipos de agrotóxicos mais utilizados nas lavouras brasileiras, 22 são proibidos na União Europeia. Segundo o Observatório da indústria de agrotóxicos da Universidade Federal (UFPR), na última década o consumo de defensivos disparou no país. De 2001 a 2010, o faturamento da indústria do setor aumentou 215%, enquanto a área plantada subiu 30%. Para Victor Pelaez Alvarez, coordenador do observatório, "estão usando de forma preventiva. É como fazer quimioterapia para prevenir o câncer”.

2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF). O Comitê Brasileiro do AIAF fez um plano de trabalho, com objetivos, avanços e desafios:

- Difusão e implementação das Diretrizes Voluntárias sobre Governança responsável da Posse da Terra, dos Recursos Pesqueiros e Florestais no Brasil;

- Elaboração, em diálogo com os movimentos sociais e órgãos relacionados, um Plano Safra para os Biomas Amazônia e Cerrado, adequando os instrumentos e políticas às características ao padrão de uso e gestão dos recursos naturais pelos extrativistas, povos e comunidades tradicionais e à consolidação da produção sustentável;

- Elaborar e implementar um programa dirigido ao desenvolvimento do extrativismo com a adequação dos instrumentos às especificidades de cada bioma;

- Aprofundar e implementar o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - Brasil Agroecológico -, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em outubro de 2013;

- Criação e efetivação de um Programa Nacional de Redução de Uso dos Agrotóxicos, como previsto no Brasil Agroecológico (Aprovado em agosto pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e em apreciação pelo governo federal).

A agricultura familiar, camponesa e indígena é parte fundamental na construção de um Brasil Agroecológico. A Agroecologia é ou pode ser a base, o fundamento de uma nova utopia real. Utopia que aponta horizontes a serem alcançados. Real porque com os pés no chão da vida e da realidade.

Leonardo Boff, falando da ecoteologia da libertação, ecologia como grito da terra e grito dos pobres, disse no Congresso Brasileiro de Agroecologia: "Estamos num momento crítico da história da Terra e da Humanidade. Precisamos fazer uma escolha. Ou cuidar de nós e dos outros, ou arriscar em destruir a humanidade. A agroecologia é um novo começo com outro olhar: ver a Terra como nossa Mãe. A centralidade é a vida humana. A economia e a política devem estar a serviço do sistema vida. Somos chamados a irradiar como estrelas.”

A agricultura familiar, camponesa, indígena, extrativista, ribeirinha, quilombola é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa de brasileiras e brasileiros. O cineasta Sílvio Tendler, autor dos filmes O Veneno está na Mesa 1 e 2, disse, quando do lançamento do segundo filme: "Não tem sentido você construir uma economia baseada na destruição da natureza. Isso não é economia. Isso é catástrofe. Você criar um modelo econômico perverso, isso não é o país que a gente está construindo. Eu acho a agroecologia fundamental como forma de produção econômica, social e de desenvolvimento.”

Estamos em tempos de pensar a vida, o futuro, o planeta terra, a humanidade. O papa Francisco está preparando uma encíclica sobre ecologia e meio ambiente, sobre o tema da Terra como casa da humanidade, uma ecologia centrada no ser humano. "A Amazônia deve ser desenvolvida, sem dúvida, mas sem perder sua vocação de ser um grande presente da natureza para toda a humanidade.”

O sociólogo Pedro Ribeiro aponta que "a consciência planetária é um fenômeno recente. Começa a ganhar forma no final do século XX. Este tipo de consciência é algo novo e diferente no pensamento, da cultura, da ciência e dos valores, o que aponta para um novo paradigma de civilização ocidental. A consciência planetária propõe uma relação de igualdade entre os humanos e a totalidade dos componentes do planeta Terra, e visa a repensar a relação entre o ser humano e a natureza, e para isso torna-se necessário ir além da ciência produzida pelo Ocidente, sem, contudo, menosprezá-la”.

No lançamento do Brasil Agroecológico, a presidenta Dilma Rousseff falou: "Em todo mundo há uma coisa acontecendo: a consciência cada vez maior da importância da agroecologia, da agricultura orgânica e do acesso e proteção, não só dos alimentos, mas também da água. Tem a ver com aquela consciência que encontramos na Rio+20, que levou a gente a construir a frase: é possível um país crescer, distribuir renda e incluir. E é possível que esse país seja um país que conserva e protege o meio ambiente. Por isso, vamos trabalhando juntos, vamos lutar por uma agricultura sustentável e garantir que esse projeto, o Brasil Agroecológico, seja uma conquista e uma vitória nossa.”

Estou com D. Guilherme Werlang, bispo de Ipameri, Goiás, que disse numa Romaria da Terra no Rio Grande do Sul: "Tem gente que, quando mexe na terra, diz que sujou as mãos. A terra não suja as mãos de ninguém porque ela é santa, como Deus afirmou a Moisés. A terra só será suja quando nós, seres humanos gananciosos, a sujarmos com veneno, agrotóxicos, plásticos, poluições das mais diversas. Nós, infelizmente, temos o poder de sujá-la, de prostituí-la e mesmo de matá-la. A palavra hoje é: coragem, sonho, esperança. O mundo poderá ser o Paraíso sonhado por Deus no ato da criação.”

*Publicado em Amazônia, nº44, 2014.

Selvino Heck
Diretor do Departamento de Educação Popular e Mobilização Cidadã e Secretaria Geral da Presidência da República. Membro da Coordenação Nacional do Movimento Fé e Política e Secretário Executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO)

 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cuba dá o exemplo na luta contra o vírus ebola na África « Sul 21

Cuba dá o exemplo na luta contra o vírus ebola na África

  
Campanhas de conscientização estão sendo realizadas por toda Libéria para alertar para os riscos do ebola

Por Salim Lamrani *, do Opera Mundi via Sul21

Segundo as Nações Unidas, a epidemia do ebola de tipo Zaire, febre hemorrágica que atinge atualmente uma parte do oeste da África, particularmente a Serra Leoa, a Guiné e a Libéria, constitui a mais grave crise de saúde dos últimos tempos. No espaço de algumas semanas, o vírus se propagou em uma grande velocidade e a epidemia parece fora de controle. Trata-se da crise de ebola “maior, mais severa e mais complexa” observada desde o descobrimento da enfermidade em 1976. Altamente contagioso, o vírus é transmitido mediante o contato direto com o sangue e os fluídos corporais. Observou-se cerca de 5 mil casos e mais de 2400 pessoas perderam a vida. A Organização Mundial da Saúde fez um chamado urgente pedindo à comunidade internacional ajuda para as populações africanas abandonadas à própria sorte.
Cuba respondeu imediatamente à petição das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde. Havana anunciou que mandaria, a partir de outubro, 165 profissionais da saúde para Serra Leoa, o país mais afetado pela epidemia, junto com a Guiné e a Libéria. A missão durará pelo menos seis meses e será composta por profissionais especialistas que já realizaram missões humanitárias na África.
Margaret Chan, diretora da Organização Mundial da Saúde, saudou o gesto de Cuba: “O que mais necessitamos são pessoas, profissionais de saúde. O mais importante para evitar a transmissão do ebola é ter as pessoas adequadas, os especialistas adequados e treinados apropriadamente para enfrentar esse tipo de crise humanitária”. O OMS lembra que “Cuba é famosa em todo o mundo por sua capacidade de formar excelentes médicos e enfermeiros. É famosa, além disso, por sua generosidade e solidariedade aos países no caminho para o progresso”.
Chan pediu que o resto do mundo, particularmente os países desenvolvidos, sigam o exemplo de Cuba e expressem a mesma solidariedade à África: “Cuba é um exemplo [...]. Tem tido a maior oferta de médicos, enfermeiros e especialistas, assim como de especialistas em controle de doenças infecciosas e epidemiologistas [...]. Espero que o anúncio feito hoje pelo governo cubano estimule outros países a anunciar seu apoio”. Em um comunicado, Ban Ki Moon, secretário-geral das Nações Unidas, também felicitou Cuba por sua ação : O secretário-geral recebeu calorosamente o anúncio do governo de Cuba.
A Science, a mais importante revista médica do mundo, também destacou o exemplo de Cuba. “Trata-se da maior contribuição médica enviada até o momento para controlar a epidemia. Terá um impacto significativo em Serra Leoa”. Até o anúncio cubano, a presença médica internacional no oeste da África somava 170 profissionais segundo a OMS. Agora, Cuba dará uma ajuda equivalente a todas as nações do mundo juntas.
Roberto Morales Ojeda, ministro cubano da Saúde, explicou as razões que motivaram a decisão do governo de Havana:
“O governo cubano, como tem feito sempre nesses 55 anos de Revolução, decidiu participar desse esforço global sob a coordenação da OMS para enfrentar essa situação dramática.
Desde o primeiro momento, Cuba decidiu manter nossas brigadas médicas na África, independentemente da existência da epidemia de ebola, em particular em Serra Leoa e na Guiné-Conakry, com a prévia disposição voluntária de seus integrantes, expressão do espírito de solidariedade e humanismo característico de nosso povo e governo”.
Cuba sempre fez da solidariedade internacional um pilar fundamental de sua política exterior. Assim, em 1960, inclusive antes do desenvolvimento de seu serviço médico e quando tinha acabado de perder 3 mil médicos dos 6 mil presentes na ilha (que escolheram emigrar para os Estados Unidos depois do triunfo da Revolução, em 1959), Cuba ofereceu sua ajuda ao Chile depois do terremoto que destruiu o país. Em 1963, o governo de Havana mandou sua primeira brigada médica composta de 55 profissionais à Argélia para ajudar a jovem nação independente a enfrentar uma grave crise de saúde. Desde aquele momento, Cuba estendeu sua solidariedade ao resto do mundo, particularmente à América Latina, à África e à Ásia. Em 1998, Fidel Castro elaborou o Programa Integral de Saúde, destinado a responder às situações de emergência. Graças a esse programa, 25 288 profissionais cubanos da saúde atuaram voluntariamente em 32 países.
Por outro lado, Cuba formou várias gerações de médicos de todo o mundo. No total, a ilha formou 38 920 profissionais da saúde de 121 países da América Latina, da África e da Ásia, particularmente mediante a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), fundada em 1999. Além dos médicos que cursaram seus estudos na ELAM em Cuba (cerca de 10 mil graduados por ano), Havana contribuiu para a formação de 29 580 estudantes de medicina em 10 países do mundo.
O Operação Milagre, lançada em 2004 por Cuba e Venezuela, que consiste em tratar vítimas de catarata e outras enfermidades oculares nas populações do Terceiro Mundo, é emblemática da política solidária de Havana. Desde tal data, cerca de 3 milhões de pessoas de 35 países recuperaram a visão, entre elas 40 mil na África.
Depois do furacão Katrina, que destruiu a cidade de Nova Orleans em setembro de 2005, Cuba criou o “Contingente Internacional de Médicos Especializados no Enfrentamento de Desastres e Grandes Epidemias Henry Reeve”, composto de 10 mil médicos. A ilha, apesar do conflito histórico com os Estados Unidos, ofereceu sua ajuda a Washington, que a rejeitou. A partir desse contingente, Cuba criou 39 brigadas médicas internacionais que já atuaram em 23 países.
Na África, cerca de 77 mil médicos e outros profissionais da saúde cubanos forneceram seus serviços em 39 dos 55 países [do continente]. Atualmente, mais de 4 mil, mais da metade deles médicos, trabalham em 32 países da África.
No total, cerca de 51 mil profissionais da saúde, entre eles 25 500 médicos, dos quais 65% são mulheres, trabalham em 66 países do mundo. Desde o triunfo da Revolução, Cuba realizou cerca de 600 mil missões em 158 países com a participação de 326 mil profissionais de saúde. Desde 1959, os médicos realizaram mais de 1,2 bilhão de consultas médicas, assistiram 2,3 milhões de partos, efetuaram 8 milhões de operações cirúrgicas e vacinaram mais de 12 milhões de mulheres grávidas e crianças.
Cuba escolheu oferecer solidariedade aos povos necessitados como princípio básico de sua política exterior. Dessa forma, apesar das dificuldades inerentes a todo país de Terceiro Mundo, Cuba mandou seis toneladas de medicamentos e material médico para Gaza. É um exemplo entre muitos outros. Fidel Castro explicou as razões: “Esse é um princípio sagrado da Revolução; isso é o que nós chamamos de internacionalismo porque consideramos que todos os povos são irmãos e antes da pátria está a humanidade”. Havana demonstra para o mundo que, apesar de recursos limitados, apesar das sanções econômicas estadunidenses que asfixiam o país, sem abandonar sua própria população (com um médico para cada 137 habitantes, Cuba é a nação melhor servida do mundo), é possível fazer da solidariedade um vetor essencial da aproximação e da amizade entre os povos.
*Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV,  Salim Lamrani é professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se chama The Economic War Against Cuba. A Historical and Legal Perspective on the U.S. Blockade, New York, Monthly Review Press, 2013, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.

Jornalistas e blogueiros lançam manifesto de apoio à Dilma; texto está aberto a adesões | Paraná com Dilma

Jornalistas e blogueiros lançam manifesto de apoio à Dilma; texto está aberto a adesões

Do blog Paraná Com Dilma

Jornalistas, blogueiros e ativistas do direito à comunicação começaram nesta segunda-feira (22/9) a coletar assinaturas para o manifesto #ComunicadoresComDilma.

“Estamos com Dilma porque queremos avançar nas políticas de comunicação, com um novo marco regulatório no setor, assegurando liberdade de expressão para todos e todas e democratização da mídia”, diz o texto. “Estamos com Dilma porque olhamos para o passado, para o presente e para o futuro. E vemos na candidatura da presidenta Dilma o projeto com mais força para seguir aprofundando a democracia e a inclusão social no Brasil.”

Os interessados em assinar devem clicar aqui e deixar nome completo, cidade e estado lá na caixa de comentários.

A seguir, a íntegra do manifesto.

Manifesto dos #ComunicadoresComDilma

Somos um grupo de comunicadores diversos que apoia a reeleição de Dilma Rousseff para aprofundar o projeto iniciado pelo governo Lula que realiza o mais amplo processo de inclusão social da história do país. Estamos com Dilma porque enxergamos o Brasil que deixou de ser invisível.

Estamos com Dilma pelos 36 milhões de pessoas que saíram da miséria; pela superação da fome estrutural no país; pelos mais de 15 milhões que tiveram acesso à energia elétrica; pelos milhões de famílias que hoje têm acesso à água por meio das 1 milhão de cisternas e canais de integração de rios; pelos 50 milhões de brasileiros beneficiados pelo Mais Médicos; pelos 6,8 milhões de beneficiários do Minha Casa Minha Vida; pelos 42 milhões que ascenderam à classe C; pelos mais de 20 milhões de empregos gerados; pelas menores taxas de desemprego da história; pela valorização contínua do salário mínimo.

Estamos com Dilma pelos 98,3% de crianças e adolescentes entre sete e 14 anos que hoje estão na escola; 43 milhões de crianças e jovens que tem merenda escolar; pelas mais de 400 escolas técnicas; pelos 8 milhões que cursaram o Pronatec; pelos 7,2 milhões universitários; pelas 18 universidades públicas e 173 campi criados; pelas políticas de cotas; pelos mais de 100 mil que vão ao exterior estudar pelo Ciência sem Fronteiras.

Estamos com Dilma pelo papel fundamental do Brasil na construção de um mundo multipolar; fortalecendo nossa parceria com os países “de baixo” e colocando em outro patamar nossas relações com os países “de cima”.

Estamos com Dilma por essas e tantas outras políticas. Por estes e tantos outros números que resumem pessoas, trajetórias e vidas transformadas, revelam aonde nos falta avançar e as contradições a serem superadas. Realidade esta que ainda merece ser contada de maneira justa, porém, é sistematicamente sonegada pelo pessimismo militante imposto por um pequeno grupo de poderosos que aparelha concessões públicas de comunicação em nome de seu projeto elitista de poder. Dessa forma empobrecem o debate público, sufocam a diversidade de opiniões, alienam a produção intelectual de seus trabalhadores e produzem uma caricatura do Brasil, incapaz de reconhecer seus avanços e debater democraticamente suas debilidades.

Também estamos com Dilma porque rechaçamos o retorno do projeto do Estado mínimo e também a chegada do projeto que pretende terceirizar a formulação da política econômica ao capital financeiro, ambos camuflados em candidaturas que, cinicamente, enganam o povo ao dizer ser possível prosseguir com a ampliação das políticas sociais, da distribuição de renda e dos níveis de emprego e salário com suas propostas para a economia e seus ainda “misteriosos” pacotes de “ajuste fiscal” e “choque de gestão”.

Estamos com Dilma porque temos certeza de que a mudança real da política no Brasil está numa reforma estrutural, a Reforma Política, e não na mudança individual ou no discurso de qualquer candidato ou governante. E a presidenta está comprometida com um processo e com um novo sistema político que amplie a participação social, inclua a diversidade do povo brasileiro e acabe com o financiamento privado de campanha, que submete a democracia aos interesses do poder econômico. Estamos com Dilma porque queremos avançar nas políticas de comunicação, com um novo marco regulatório no setor, assegurando liberdade de expressão para todos e todas e democratização da mídia.

Estamos com Dilma porque olhamos para o passado, para o presente e para o futuro. E vemos na candidatura da presidenta Dilma o projeto com mais força para seguir aprofundando a democracia e a inclusão social no Brasil.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Como a Arte Fez o Mundo | Documentários Vários

Como a Arte Fez o Mundo
Publicado em janeiro 9, 2013 por ATELIÊ DE BLOGS 3 Comentários


As imagens dominam nossas vidas. Elas nos dizem como nos portar, o que pensar, até o que sentir. Elas nos moldam e nos definem. Mas por quê essas imagens, simbolos e a arte que vemos ao nosso redor todos os dias detêm tamanho poder sobre nós ? A resposta não se encontra aqui, em nosso tempo mas há milhares de anos atrás. Porque quando nossos ancestrais criaram as primeiras imagens que derem sentido ao mundo deles, produziram um legado visual que ajudou a moldar o nosso mundo. Nessa série viajaremos ao redor do globo, descobrindo os tesouros mais deslumbrantes do planeta. Veremos como o esforço dos artistas ancestrais levou ao triunfo das maiores civilizações do mundo. Nossa jornada nos levará através de centenas de milhares de anos de história. Testemunharemos algumas das mais extraordinárias cerimônias das culturas mais antigas do mundo. E revelaremos como eles desvendaram os mais profundos segredos da arte antiga. Ouviremos o testemunho de pessoas que fizeram essas descobertas arqueológicas. E usaremos a ciência para revelar como, há milhares de anos atrás a mente humana nos levou a criar imagens surpreendentes. Você nunca mais verá nosso mundo com os mesmos olhos, pois essa é a história épica de como nós, humanos, fizemos a arte e como a arte fez de nós humanos.